Este é o sítio onde gostava de voltar. Para sentir de novo a paz que me proporcionou. Sentir-me leve de novo e respirar fundo como o fiz lá no passado. Um passado recente.
Caminhei entre os budas e as estatuetas de pedra. Sorri e amei. Genuinamente.
Hoje, as figuras de terracota desfazem-se por entre os dedos. Os sentimentos que se diziam tão fortes são levados na brisa por entre as oliveiras dispersas... E no centro do lago, onde outrora surgiram juras de amor, as promessas afundam-se e os sorrisos amargam. E os abraços esquecidos lá longe, continuam onde foram deixados... quais estátuas petrificadas. Não consigo recuperar a doçura do olhar, pois nem o sal surge para eu desfazer.
Queria acreditar nalguma coisa, numa réstia de emoção. Mas a ilusão caiu e nada mais fará voltar o que afinal nunca existiu.
Resta-me abrir os olhos e acreditar no que é real e possível e não no ilusório, e não naquilo que eu desejei ter sido. E resta-me recuperar a paz perdida. Aquela que tinha antes das ilusões. A que construí sozinha, a olhar para dentro de mim, reconhecendo-me. Por mim, para mim. Agora e para sempre... em paz.
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