04 outubro, 2011

Under water thoughts

Nadei na escuridão do teu pensamento...
Senti a tua dor e as tuas frustrações. Talvez por sermos demasiado parecidos. Talvez por termos dores semelhantes ou apenas por andarmos à procura da mesma coisa.
Sentes-te preso aos compromissos que te consomem e te inibem de seres tu prórpio. Sentes-te sufocado nos teus dias ausentes de liberdade. Preso a quem já nada te dá. Cresce a revolta e o desespero. Tens medo. Medo de tudo à tua volta, medo de ti. Medo do que possas fazer se um dia perderes o controlo.
Sentes-te perdido e sem forças. Afastas-te por uma noite. Deambulas sozinho pelas ruas da cidade. Cigarros, alcóol e um livro de poesia são a tua companhia. Libertas-te durante algumas horas e sorris. Mas de nada vale... está lá tudo na mesma. Da mesma forma, com o mesmo sabor amargo.
Na manhã seguinte, volta a rotina dos dias: as discussões, as obsessões, a possessão. O controlo exagerado que só te faz querer desaparecer dali. Fugir para outro lugar longe de tudo, longe de ti.
Mas ao invés, ficas e envolves-te cada vez mais num mundo de frustrações e infelicidade. Não consegues sair daí, estás demasiado enredado.
Tenho medo que seja tarde demais e que com o tempo te venhas a tornar uma pessoa amarga. Que deixes de acreditar no amor. Que percas os teus amanhãs e que te refugies onde outrora nadei...


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