O lugar onde agora trabalho nem sequer tem janelas. As paredes são cinzentas, o tecto é cinzento e o chão é cinzento. A luz é artificial. O trabalho é monótono, mecânico. Chega a ser estupidificante. As faces espelham o conformismo. O hábito impera e ninguém se apercebe da realidade lá fora. As expressões sem vida, apodrecidas. Os olhares baços e inertes. Vive-se à parte do mundo.
Nunca sei se está sol ou chuva. Se é de noite ou de dia. Talvez o mundo tenha acabado lá fora e eu nem me tenha apercebido.
Resta-me concentrar-me na ideia de que a vida começa às dezoito horas. Até lá fico aqui nesta dormência de pensamentos, nesta ausência de luz. Nesta castração de raciocínio quase sufocante.
Só me apetece dormir. Não seria muito útil, mas certamente mais gratificante. Pelo menos partilharia os meus sonhos, ao invés deste marasmo incolor.
Nunca sei se está sol ou chuva. Se é de noite ou de dia. Talvez o mundo tenha acabado lá fora e eu nem me tenha apercebido.
Resta-me concentrar-me na ideia de que a vida começa às dezoito horas. Até lá fico aqui nesta dormência de pensamentos, nesta ausência de luz. Nesta castração de raciocínio quase sufocante.
Só me apetece dormir. Não seria muito útil, mas certamente mais gratificante. Pelo menos partilharia os meus sonhos, ao invés deste marasmo incolor.
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