Olho
para as minhas mãos. Tenho os dedos todos riscados, qual criança que faz os
seus primeiros desenhos.
Riscos
pretos. Restos de palavras. Coisas que ficam por escrever. Laivos de tinta
negra que marca a ponta dos meus dedos, sem sentido como os pensamentos que
surgem devagar.
Sentimentos
que fogem por não quererem ficar registados no papel, por não quererem surgir
de forma precisa, palpável para não serem relembrados. Ficam apenas disformes
cobrindo as impressões digitais. Sem identidade definida. Riscos pretos para me
lembrar que, não querendo existir de uma forma real, nunca foram mera ilusão.
Adoro. Chegar aqui e ler textos escritos com alma, com sentimentos tão profundos e penetrantes que me provocam uma admiração extasiante, e para mim este tem uma particularidade, o titulo que me fazer lembrar uma musica de Pearl Jam, que até parece que o Eddie o podia ter escrito.
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