Olho-te e vejo o teu olhar perdido.
Ouço histórias sobre ti e custa-me a acreditar que sejam verdade.
Eu vejo em ti muito mais do que isso…
Ontem, enquanto dormias abandonado ao cansaço acumulado, fiquei por momentos a velar o teu sono… Observei os pormenores da tua face. Queria aproximar-me de ti, tocar-te levemente, dar-te beijinhos intermináveis e ficar só assim, durante muito tempo até perceberes que não te quero mal.
Gostava de te mostrar aquilo que podes ser. Sei que houve momentos em que te assustei, mas também sei que nunca te magoei. Não te defendas tanto. Também eu aprendi que a agressividade não é a melhor arma.
Vejo-te a ser ridicularizado por alguns que te são próximos, pois já tentaram fazer tanto por ti que te perderam o respeito. Acabam por desistir, sabendo que não acreditas em ti próprio. Isso custa-me…
Apetece-me abanar-te para que acordes para a vida. Mas quem sou eu que nada sei de ti, quando afinal só precisas de ti próprio.
Quem me dera que pudesses ver aquilo que vejo quando olho para ti.
Ontem diziam-me: “Ele não tem ninguém!...” – Caramba, o que me custou ouvir aquilo e não poder reagir. Estavas ao alcance das minhas mãos, mas simultaneamente tão inacessível, quase intocável.
Só queria aproximar-me de ti e sussurrar-te ao ouvido - Não tenhas medo… És maior do que o mundo e não o nada que fazem de ti.
Isn’t it something?...
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