Vagueias pelas ruas sem destino. Estás perdida dentro de ti.
Decides sair, na procura de ar fresco. Precisas de sentir algo, procuras
alguma lucidez.
Nota-se pela tua aparência cuidada que, antes de sair de
casa, fizeste um esforço para te “mascarares”. Alteras o teu aspecto para que
no fundo ninguém perceba o que realmente sentes. Mas nota-se no teu olhar que
alguma coisa te perturbou profundamente. Sente-se que dentro de ti habita uma
tristeza imensa. Caminhas com passos firmes como que expulsando os teus
demónios, mas parece que vieram para ficar.
O teu cabelo desalinhado, que a todo o custo tentas
arranjar, espelha os teus gestos nervosos. Tentas disfarçar e orientas o teu
olhar para o horizonte na procura de um conforto qualquer, mas a dor no peito
invade-te e sabes que estás a perder a pouca força que ainda tens. Custa-te a respirar.
É altura de deixar de lutar. Sabes que tens que parar um pouco, pois sentes que estás a perder o discernimento e o pensamento está cada vez mais confuso. O corpo fraqueja e impede que te mantenhas erguida. Sentas-te e ficas com o olhar perdido no chão. Nem percebes que começaste a chorar baixinho.
É altura de deixar de lutar. Sabes que tens que parar um pouco, pois sentes que estás a perder o discernimento e o pensamento está cada vez mais confuso. O corpo fraqueja e impede que te mantenhas erguida. Sentas-te e ficas com o olhar perdido no chão. Nem percebes que começaste a chorar baixinho.
E é aí, nesse preciso momento, que um estranho aparece e te dá a mão...
Gosto :) (do texto per se, subentenda-se)
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