27 maio, 2012

A força de um abraço


Entro no quarto. Olho-te. Nem sei se estás a dormir ainda. Estou com pressa, mas não resisto em deitar-me ao teu lado mais um pouco.
Estás deitado virado para o lado esquerdo, de costas para mim.
Enfio um braço por baixo do teu pescoço e o outro por baixo do teu braço direito. Abraço-te com força e dou-te um beijinho na nuca. Respiro-te.
Sinto a tua respiração suave e agora sei que estás acordado. Os teus dedos entrelaçam-se nos meus num gesto de confirmação. Aninhas-te. 
Ficamos assim durante algum tempo. Só assim.
Não são precisas palavras. A nossa intimidade é maior que isso. Sobrepõe-se a qualquer materialização. Basta-nos o sentir.
Tenho que ir agora. Apertas-me por não quereres que vá. Não preciso de te olhar de frente para perceber que uma lágrima te rasga agora o olhar.
Digo-te apenas: Que este abraço te envolva até ao momento em que me vires de novo.





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