21 maio, 2012

Dois

A propósito deste texto do Phyxsius e da ideia do MEC sobre o 11, tive uma conversa com o meu Pai em que lhe disse que ainda não tinha percebido o que é melhor. 
Se nos tornarmos num dois, ver a coisa a dois, para construir algo em conjunto, correndo o risco de perder a nossa individualidade, acabando por nos anular como pessoa, mas enaltecendo esse dois. 
Ou se é melhor manter essa individualidade num onze, respeitando também a do outro, conservando o nosso eu e, por conseguinte, o eu por quem o outro se apaixonou e vice versa, mas perdendo o sentido de comunhão.
Obtive a seguinte resposta: "Tu nem sabes o que é bom ser dois. Eu necessitava, e a tua Mãe também, de sermos dois. Mas só conseguimos ser onze. Tornei-me às vezes um dois desconjuntado, singular, individualizado. Hoje acho isso muito mau. Não existe individualidade sem o outro. Quando só havia Adão não se punha o caso. Quando só há um não se põe o caso. E digo... A vida a dois é algo sublime que supera o ser individual".
E com esta me calei...
A verdade é que sempre acreditei no dois. Mas passo a vida a bater com a cabeça na parede. E acho que apenas hoje me apercebi que só existe dois quando ambos querem uma mesma coisa. Caso contrário, surge uma coisa estranha que acaba sempre em lágrimas e corações partidos.

1 comentário:

  1. Li este,li o outro. Reli os dois! Sabes quando estás confusa mas que até percebes o que te confunde? É assim que estou!!

    ResponderEliminar